A impermeabilização de áreas molhadas — como banheiros, cozinhas, lavanderias e sacadas — é uma etapa que costuma passar despercebida por muitos profissionais e clientes, mas que, quando falha, rapidamente se transforma em dor de cabeça. Quem já precisou refazer um revestimento devido à infiltração sabe que o custo e a perda de tempo podem ser grandes. Por isso, falar em sistema impermeabilizante não é falar apenas de produto: é falar de projeto, execução correta e cuidado em cada detalhe.
No dia a dia de obra, encontramos problemas que poderiam ser facilmente evitados se houvesse mais atenção a normas, preparo de substrato e respeito às condições de aplicação. Vamos percorrer alguns dos erros mais frequentes e entender como corrigi-los.
Preparação do substrato
Muitas falhas começam na base. Substrato com nata de cimento, poeira, resíduos de desmoldante ou umidade acima de 5% são sinais claros de risco. Se a regularização não tiver caimento para o ralo e resistência mínima, o sistema impermeabilizante não vai aderir como deveria. É por isso que a recomendação é sempre preparar a base com argamassa de traço adequado, escovação mecânica e aspiração. Só assim a membrana vai formar a película seca necessária para garantir a estanqueidade.
Outro ponto que vemos muito em campo é a aplicação de demãos insuficientes. Uma membrana acrílica, por exemplo, precisa atingir pelo menos 1 mm de película seca, enquanto sistemas poliuretânicos podem exigir 2 mm. Quando a aplicação fica em 0,3 mm ou 0,5 mm, a durabilidade é comprometida. O caminho certo é seguir o consumo indicado pelo fabricante e medir a espessura da película úmida durante o processo.
Tempo de cura
A ansiedade para liberar o ambiente ou aplicar o revestimento costuma ser inimiga da impermeabilização. Cada sistema tem seu tempo mínimo de cura, que pode variar de 3 a 7 dias. Se o contrapiso ou a cerâmica entram antes da hora, a membrana não atinge as propriedades mecânicas e químicas necessárias. A orientação é simples: respeitar o prazo indicado em ficha técnica e sempre realizar teste de estanqueidade antes da próxima etapa.
Pontos singulares sem reforço
Ralos, rodapés, passagens de tubulações e encontros de alvenaria são chamados pontos singulares. São locais de movimentação e concentração de tensões, e justamente onde mais vemos infiltrações. O erro é achar que a aplicação simples da membrana resolve. A prática correta é executar a meia-cana de 5 cm em rodapés e reforçar com tela de poliéster ou fitas hidrofílicas. Isso garante continuidade da película e evita rupturas.
Falta de teste de estanqueidade
Mesmo sendo exigido pela NBR 9575, o teste de estanqueidade ainda é negligenciado em muitas obras. Ele consiste em manter uma lâmina d’água de 10 cm por 72 horas, simulando o uso real da área. Sem esse ensaio, qualquer falha só vai aparecer meses depois, quando já há revestimento e móveis instalados.
Produto inadequado para o ambiente
Não existe sistema impermeabilizante universal. Cada tecnologia responde de uma forma: mantas asfálticas são boas contra pressão hidrostática, mas exigem aplicação a quente e base seca; acrílicos funcionam bem em áreas molhadas internas, mas não devem ficar submersos; poliuretânicos oferecem resistência química, mas são mais sensíveis à umidade de substrato. A escolha deve sempre partir de análise técnica do ambiente e compatibilidade com o revestimento final.
Condições de aplicação
Aplicar membrana em dia chuvoso, com vento forte, umidade acima de 85% ou temperatura muito alta é pedir problema. Bolhas, fissuras e falhas de aderência são consequência direta disso. Por isso, é essencial respeitar os limites indicados em ficha técnica e, quando necessário, adotar barreiras ou coberturas provisórias.
Compatibilização com o revestimento
De nada adianta ter um sistema impermeabilizante perfeito se o revestimento não for compatível. Argamassa colante pode não aderir a certas membranas lisas, exigindo ponte de aderência. Já sobre manta asfáltica, sempre deve haver uma proteção mecânica antes do piso. Ignorar essa etapa é abrir caminho para destacamentos e fissuras.
Execução sem acompanhamento técnico
Por fim, talvez o erro mais grave: executar sem orientação de um profissional capacitado. A impermeabilização é um sistema construtivo, não apenas um material. Sem acompanhamento técnico, sem ART, sem registros de ensaio, a chance de falha aumenta muito.
O que fica claro?
A experiência de campo mostra que a impermeabilização bem-feita não é um luxo, mas uma exigência para a durabilidade da obra. Preparar o substrato, respeitar espessura e cura, tratar pontos singulares e testar a estanqueidade são passos obrigatórios para quem busca qualidade.
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